sábado, 18 de dezembro de 2010

Eclampsia

È uma séria complicação da gravidez e é caracterizada por convulsões.É um acidente agudo paroxístico da  toxemia gravídica, sendo a forma mais grave da doença pré-eclâmpsia. Consiste em acessos repetidos de convulsões seguidas de um estado comatoso. As convulsões podem aparecer antes (3 últimos meses), durante ou depois do parto, embora já tenham sido registrados casos de eclampsia com somente 20 semanas de gravidez. É precedido pelo cortejo de sintomas que constituem o eclampismo: aumento da albuminúria, cefaléias persistentes, hipertensão arterial, edemas, oligúria, vertigens, zumbidos, fadiga, sonolência, proteinúria (presença de proteína na urina) e vómitos.
Em cerca de 10% das gestações há a incidência de hipertensão, em sua maioria, na forma de pré-eclampsia leve. Os casos de eclampsia e pré-eclampsia ocorrem geralmente no oitavo ou nono mês.

Síndrome de HELLP

Grupo de sintomas que ocorre em gestantes que sofrem de anemia hemolítica,aumento das enzimas hepáticas e baixa contagem plaquetas. A síndrome de HELLP ocorre em aproximadamente 10% das   gestantes que têm pré-eclâmpsia ou eclâmpsia. Pode ocorrer muito antes do término da gestação (por exemplo, na 30ª semana).

Tratamento: O parto é essencial, pois a função hepática se deteriora rapidamente com esta condição.O alto índice de morte neonatal (20 a 25%), geralmente devido à prematuridade, está associado com esta condição.A mãe pode sofrer hemorragia hepática. Pode ocorrer dano hepático permanente se o parto for retardado. 

Prevenção:Os cuidados pré-natais precoces e contínuos para facilitar a identificação e tratamento de condições como pré eclâmpsia e eclâmpsia podem ajudar a prevenir esta síndrome.


 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Brasil tem 24 cidades em risco de surto de dengue e 154 em alerta, incluindo 14 capitais


Uma atualização dos resultados do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) revela que, entre os 370 municípios que já realizaram o levantamento, 24 estão em risco de surto – incluindo duas capitais: Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO). Estes municípios registraram a presença de larvas do mosquito em mais de 4% das residências pesquisadas. Os municípios em situação de alerta, com índice de infestação entre 1% e 3,9%, são 154, incluindo 14 capitais (veja tabela abaixo). Outras 192 cidades brasileiras estão em situação satisfatória, com focos de larvas em menos de 1% das residências. Das 427 cidades que se propuseram a fazer o LIRAa, o ministério aguarda a consolidação dos dados em 57.

Nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um alerta aos governadores e prefeitos sobre a necessidade de os gestores levarem em conta os resultados do LIRAa e desenvolverem ações imediatas de combate ao mosquito e, assim, evitar o aumento do número de doentes e mortos. O alerta foi feito durante evento de anúncio das obras do PAC II, no Palácio do Planalto, a pedido do ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

Há três semanas, o Ministério da Saúde havia divulgado o primeiro resultado parcial do LIRAa 2010, quando 300 municípios haviam concluído o levantamento. Daquele total, 15 haviam apresentado risco de surto, 123 estavam em situação de alerta e 162 em situação satisfatória. No ano passado, 169 municípios fizeram o LIRAa.

A metodologia permite identificar onde estão concentrados os focos do mosquito em cada município, além de revelar quais os principais tipos de criadouros por região. Os resultados reforçam a necessidade de intensificar imediatamente as ações de prevenção contra a dengue, em especial nos municípios em risco e em alerta.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Leucemia

O termo leucemia corresponde a um conjunto de neoplasias malignas (cancro/câncer) que atingem o sangue e possuem origem na medula óssea,a qual produz três tipos de células sanguíneas.Leucemia é caracterizada pela produção excessiva de células brancas anormais, superpovoando a medula óssea. A infiltração da medula óssea resulta na diminuição da produção e funcionamento de células sanguíneas normais. Dependendo do tipo, a doença pode se espalhar para os nódulos linfáticos, baço, fígado, sistema nervoso central e outros órgãos e tecidos, causando inchaço na área afetada. Podemos classificá-las em:
  • Leucemias Agudas - aquelas de início e evolução rápidos
  • Leucemias Crônicas - aquelas em que a instalação é insidiosa
Podemos, ainda, classificá-las segundo a linhagem celular comprometida:
  • Leucemias Linfóides - comprometimento da linhagem linfóide
  • Leucemias Mielóides - comprometimento da linhagem mielóide

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Osteoma

È uma nova peça de osso que geralmente cresce sobre outra peça de osso, tipicamente no crânio. É um tumor benigno de crescimento lento.Quando o tumor ósseo cresce sobre outro osso ele é conhecido como "osteoma homoplásico"; quando cresce sobre outro tecido ele é chamado de "osteoma heteroplásico".
O osteoma representa a neoplasia benigna mais comum do nariz e seios paranasais. A causa dos osteomas é incerta, mas teorias geralmente aceitas sugerem causas infecciosas, embriológicas ou traumáticas.
Osteomas craniofaciais maiores podem causar dor facial, dor de cabeça e infecção devido à obstrução dos ductos nasofrontais. Frequentemente o osteoma craniofacial se apresenta através de sinais e sintomas oculares (como proptose).

Osteonecrose ( ON )

Também chamada de Necrose Asséptica Óssea, Necrose Avascular, Osteonecrose asséptica, etc., é um problema que acomete os vasos sangüíneos ósseos, mais comumente nas cabeças Femorais e Umerais, embora haja relatos de aparecimento em joelhos, maxilares, etc. Alguns autores relatam a ocorrência de pelo menos 5 % de incidência de Osteonecrose asseptica depois de transplante renal. Embora a Osteonecrose asseptica possa ter causas diversas, as principais seriam Corticosteroideterapia ( para Asma, Artrite Reumática, Transplante de Órgãos, etc ) , Anemia Falciforme, Mergulhadores Profissionais ( Osteonecrose disbárica ), por radiação contra tratamento de câncer ( Osteoradionecrosis ), Alcoolismo e sem causa definida ( Idiopatica ). Tem havido relato de pacientes portadores de HIV tambem desenvolverem o problema, bem como traumatismos que afetem a circulação local também podem ocasionar Osteonecrose asseptica. Parece haver concordância entre muitos autores de que existe uma grande incidência de alguma anormalidade do sistema de coagulação sobreposta às causas mais conhecidas. Tal fato tem levado alguns centros especializados em OSTEONECROSE a recomendarem exames para verificação de coagulação em portadores de OSTEONECROSE. As causas não estão bem estabelecidas, mas acredita-se que haja a ocorrência de oclusão venosa ocasionada por algum "gatilho" , que leva aquela parte do osso à morte por isquemia

Leucodistrofia

È uma doença genética que tem como resultado final a destruição da bainha de mielina (doença desmielinizante).A bainha de mielina é uma película que protege os nervos, e sem ela não há impulso nervoso. Existem mais de 30 tipos de leucodistrofias e novas são descobertas a cada dia. Essa doença se manifesta depois de um tempo de vida, aparentemente sem motivo. Como ela afeta o Sistema Nervoso, os sintomas são variados, desde perda de visão, perda da audição, problemas na deglutição e dificuldade para andar. Na leucodistrofia ocorrem danos no sistema nervoso central e em menor quantidade na mielina do resto do corpo.
Em geral as leucodistrofias não tem tratamento, salvo alguns casos. O tratamento mais eficaz, capaz de paralisar dependendo do estágio da doença, é o transplante de medula óssea (não são todos os tipos de leucodistrofias em que o transplante é recomendado). Se não houver doador compatível, é possível utilizar-se do sangue do cordão umbilical, no qual se veem resultados melhores.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Leucócitos

Os leucócitos também conhecidos por glóbulos brancos, são células produzidas na medula óssea e presentes no sangue, linfa, órgãos linfóides e vários tecidos conjuntivos. Um adulto normal possui entre 3.800 e 9.800 mil leucócitos por microlitro (milímetro cúbico) de sangue.
Os leucócitos (ou glóbulos brancos), têm a função de combater microorganismos causadores de doenças por meio de sua captura ou da produção de anticorpos. Por isso, o aumento de tamanho de gânglios, principalmente aqueles localizados logo abaixo da pele, revela a existência da uma infecção em ação, em alguma parte do corpo. Não são como as células normais do corpo. Na verdade agem como organismos vivos independentes e unicelulares capazes de se mover e capturar coisas por conta própria. As células comportam-se, de certo modo, como amebas em seus movimentos e são capazes de absorver outras células e bactérias. Algumas delas não podem se dividir e se reproduzir por conta própria, mas são produzidas pela medula óssea. Geralmente um indivíduo produz aproximadamente 100 milhões de leucócitos por dia.

Hemograma

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Trombose venosa

Trombo significa coágulo sangüíneo. Trombose é a formação ou desenvolvimento de um trombo.
A trombose pode ocorrer em uma veia situada na superfície corporal, logo abaixo da pele. Nessa localização é chamada de tromboflebite superficial ou simplesmente tromboflebite ou flebite.
Trombose venosa profunda (TVP), é a formação de um coágulo sanguíneo ("trombo") em uma veia profunda. Geralmente afeta as veias da perna, como a veia femoral e a veia poplítea ou veias profundas da pelve. Quando afeta as veias dos braços é chamada de doença de Paget-Schroetter.
O risco de trombose venosa profunda é proporcional ao período de imobilidade, sendo mais significativo quando a duração da viagem é superior a cinco horas. Além disto, a doença é mais freqüente em viajantes que tenham fatores individuais de risco, como uso de anticoncepcionais, gestação, obesidade, idade superior a quarenta anos, infarto recente etc.

Auto-hemoterapia


A auto-hemoterapia é um procedimento, sem reconhecimento científico, que consiste em retirar sangue de uma veia e aplicá-lo no músculo da própria pessoa. Recentemente esse método tem sido amplamente divulgado através da internet e do dvd: “Auto-hemoterapia: contribuição para a saúde” no qual o clínico-geral Dr. Luiz Moura explica o método através de relatos de diversos casos. Este método provocaria uma ativação do sistema imune o que desencadearia uma série de processos de cura, parcial ou mesmo total e estaria indicado para várias doenças infecciosas, alérgicas, auto-imunes, corpos estranhos, como os cistos ovarianos, miomas, obstruções de vasos sangüíneos, entre outras enfermidades, que são prontamente combatidas pelos macrófagos.
No artigo “AUTO-HEMOTERAPIA, PROBIÓTICOS E OS IMUNOESTIMULADORES” o Dr. João Veiga, médico cirurgião e secretário da Saúde de Olinda explica:
“A colocação de sangue retirado da veia na musculatura funciona como um estímulo de neutrófilos, monócitos e linfócitos que se dirigem para o local com a função de limpeza, remove coágulos, bactérias e tecidos lesionados. Os monócitos evoluem para macrófagos que exercem a fagocitose de qualquer substância, bactéria ou tecido residual. Segrega uma série de substâncias (citoquinas e fatores de crescimento) que estimulam mais ainda os neutrófilos para produzir tecido de regeneração e formação de novos vasos (angiogênese), como também a produção local de óxido nítrico. Além desta ação local, vamos falar assim, os macrófagos estimulam os linfócitos, que liberam as interleucinas e interferon, que são substâncias estimuladoras dos linfócitos T e B, outras células do nosso sistema imunológico, este que nos defende de infecções, câncer e outras agressões ao nosso corpo.”
Apesar de tais benefícios, não existem estudos científicos, considerados suficientemente adequados e embasados, que comprovem a eficácia ou até mesmo a ineficácia de tal método. Assim sendo, órgãos e sociedades médicas, científicas e reguladoras – a citar: CFM ( Conselho Federal de Medicina) SBHH ( Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia) e a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) – opõem-se e proíbem a prática de tal método por qualquer médico.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Vacinação

A maneira mais eficaz de se prevenir contra diversas doenças, como poliomielite (paralisia infantil), tuberculose, rubéola e febre amarela, entre outras, é a vacinação. Ao se vacinar, a pessoa passa a ter proteção (anticorpo) e torna-se imunizado.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Hiperemia

É um aumento da quantidade de sangue circulante num determinado local, ocasionado pelo aumento do número de vasos sanguíneos funcionais. 
Hiperemia ativa: Aumento da vermelhidão (eritema) na área afetada. A dilatação arteriolar e arterial dá-se por mecanismos neurogênicos simpáticos e liberação de substâncias vasoativas.É provocada por dilatação arteriolar com aumento do fluxo sangüíneo local. A vasodilatação é de origem simpática ou humoral e leva à abertura de capilares "inativos", o que resulta na coloração rósea intensa ou vermelha do local atingido e no aumento da temperatura. Ao microscópio, os capilares encontram-se repletos de hemácias. 
Hiperemia passiva: ou congestão possui uma coloração azul-avermelhada intensificada nas áreas afetadas, de acordo com o acúmulo de sangue venoso. Esta coloração aumenta quando há um aumento da concentração de hemoglobina não-oxigenada no sangue.
Decorre da redução da drenagem venosa, que provoca distensão das veias distais, vênulas e capilares; por isso mesmo, a região comprometida adquire coloração vermelho-escura devido à alta concentração de hemoglobina desoxigenada. Pode ser localizada (obstrução de uma veia) ou sistêmica (insuficiência cardíaca).

 

Congestão

É um aumento local do volume de sangue em um determinado tecido, este aumento é de forma passiva, resultante de um retorno venoso ineficiente. Este fenômeno pode ser sistêmico, como na insuficiencia cardiaca, ou local, obstrução venosa isolada. A congestão pode ser aguda ou crônica (varizes). pode ser dividida também em local ou focal.

Diátese hemorrágica

É a tendência para sangramento sem causa aparente (hemorragias espontaneas) ou hemorragia mais intensa ou prolongada após um traumatismo. Pode dever-se a uma anormalidade da parede vascular, plaquetas e sistemas de coagulação e fibrinólise.

Hemorragia ou sangramento

 É a perda de sangue do sistema circulatório. A resposta inicial do sistema cárdio-circulatório à perda aguda de sangue é um mecanismo compensatório, isto é, ocorre vasoconstrição cutânea, muscular e visceral, para tentar manter o fluxo sanguíneo para os rins, coração e cérebro, órgãos mais importantes para a manutenção da vida. Ocorre também um aumento da freqüência cardíaca para tentar manter o débito cardíaco. Assim, a  taquicardia é muitas vezes o primeiro sinal de choque hipovolêmico. Como as catecolaminas provocam um aumento da resistência vascular periférica, a pressão diastólica tende a aumentar, ficando mais próxima da pressão sistólica. A liberação de outros hormônios nesta fase faz com que a pessoa fique extremamente pálida, com o coração disparado (taquicardia), e com o pulso fino e difícil de palpar (a pressão de pulso é dada pela diferença entre a pressão sistólica e diastólica). Apesar de todo este mecanismo compensatório, existe um limite além do qual o organismo entra em falência. Pessoas vítimas de traumas com perdas sanguíneas importantes e que demoram para receber socorro médico podem ter isquémia temporária dos tecidos, com a liberação de substâncias típicas do metabolismo anaeróbio (sem utilização de oxigênio). Permanecendo mais tempo ocorre a falta de energia para manter a membrana celular normal e o gradiente elétrico. A célula, não suportando mais a isquémia, inicia a rotura de lisossomos e a auto digestão celular. O sódio e a água entram na célula, com edema celular. Também pode ocorrer depósito intracelular de cálcio. Não sendo revertido o processo ocorre finalmente a morte.

domingo, 7 de novembro de 2010

Saúde lança consulta pública para o aprimoramento da assistência a pacientes com AVC

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de mortes no Brasil entre os óbitos por doenças cerebrovasculares, com 70.232 óbitos registrados em 2008, e a principal causa de incapacidade no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Com o objetivo de aprimorar a assistência aos pacientes com diagnóstico de AVC – para a redução de sequelas e óbitos – o Ministério da Saúde lançou, nesta sexta-feira (29), consulta pública para a análise de protocolo clínico sobre o atendimento a pacientes com a doença.

O documento (“Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Trombólise no Acidente Vascular Encefálico Isquêmico Agudo”) consta da Consulta Pública 39, publicada no Diário Oficial da União de hoje – Dia Mundial de Combate ao AVC. O texto – inédito nesta área – foi elaborado por especialistas do Ministério da Saúde e do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (referência no atendimento a pacientes com AVC) e ficará aberto a contribuições pelo período de 30 dias.

O protocolo foi produzido no formato de “manual”. A ideia é orientar a conduta dos profissionais de saúde sobre diagnóstico e tratamento clínico, além de estabelecer procedimentos para a assistência aos pacientes nos hospitais. “Ao elaborar este protocolo estamos padronizando e qualificando o atendimento aos pacientes com AVC. Além da orientação dos profissionais de saúde, o documento tem a finalidade de incentivar o uso racional de medicamentos para uma maior segurança e eficácia no tratamento dos doentes”, explica o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame.

Uma das orientações que constam do protocolo submetido à consulta pública é a utilização do medicamento Alteplase. Estudos científicos demonstram que, se administrado até quatro horas após o início dos sintomas, o medicamento pode reduzir em até 30% os riscos de sequelas em pacientes que tiveram AVC.

O Alteplase age rapidamente na dissolução de coágulos que interrompem o fluxo sanguíneo no cérebro e ajuda a reduzir complicações comuns em casos de AVC isquêmico, como paralisia e déficit de fala. “A utilização deste medicamento representa uma alternativa de tratamento, que, se administrado da forma correta, reduz seqüelas e possibilita maior qualidade de vida aos pacientes”, observa Alberto Beltrame.

A expectativa do Ministério da Saúde é que essas novas diretrizes terapêuticas já comecem a ser aplicadas pelas unidades de saúde no início do próximo ano. Com este protocolo sobre AVC, serão 62 doenças cujos protocolos foram revisados ou elaborados a partir de 2009. Dos 40 já publicados, 33 integram a primeira edição do livro “Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas”, lançado pelo Ministério da Saúde no início deste mês. O segundo volume da publicação deverá ser publicado até dezembro.

DOENÇA – O AVC é classificado como hemorrágico e isquêmico, sendo o isquêmico o mais freqüente, representando 85% dos casos. Ambos são caracterizados pela perda rápida de função neurológica, decorrente do entupimento (isquêmico) ou rompimento (hemorrágico) de vasos sanguíneos cerebrais.

O AVC tem diferentes causas variadas: malformação arterial cerebral (aneurisma), hipertensão arterial, cardiopatia e tromboembolia. O diagnóstico é obtido por meio de exames de imagem, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Esses testes permitem ao médico identificar a área do cérebro afetada e o tipo de AVC.

As doenças cerebrovasculares – grupo no qual está incluído o Acidente Vascular Cerebral (popularmente conhecido como derrame) – representam a principal causa de morte no país. O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou, no ano passado, 169.453 internações por AVC. Só em 2009, foram investidos R$ 189,6 milhões para o tratamento clínico destes pacientes.
PREVENÇÃO – Outra frente de atuação do Ministério da Saúde são as ações de prevenção a doenças. Um dos principais fatores de risco para AVC é a hipertensão (pressão alta). A Sociedade Brasileira de Hipertensão, por exemplo, considera que 40% das mortes por Acidente Vascular Cerebral podem ser atribuídas à hipertensão – que, segundo estudo do ministério (Vigitel/2009), atinge 24,4% da população adulta.

Atento a este cenário, o governo federal lançou, no último mês de abril, campanha nacional de prevenção à hipertensão, incentivando a população a se prevenir contra a doença a partir de ações simples que devem ser tomadas no dia a dia. Entre elas, diminuir a quantidade de sal na comida, manter o peso adequado e praticar atividades físicas.
Ministério da Saúde

Cólera

A cólera é uma doença infecciosa intestinal aguda, transmitida, principalmente, pela ingestão de água ou alimentos contaminados. Pode ser transmitida também pelo manuseio de produtos contaminados, por moscas ou ainda pelo contato direto entre pessoas infectadas.

Ela causa dor abdominal, vômitos e diarréia – que na maioria dos casos é abundante e incontrolável. Em consequência, o doente pode apresentar um quadro grave de desidratação e choque. Por isso, se a doença não for tratada rapidamente, pode matar em questão de horas.

O diagnóstico e o tratamento precoce dos casos são fundamentais para a recuperação do paciente, além de contribuir para a diminuição de casos e contaminação do meio ambiente.

CUIDADOS BÁSICOS 
- Lembre de lavar as mãos com água e sabão antes de comer;
- De preferência, consuma água mineral engarrafada ou outras bebidas industrializadas. Caso contrário tente ferver ou tratar a água.
- Tenha certeza que tanto o gelo quanto os sucos foram preparados com água mineral ou tratada;
- Prefira restaurantes e lanchonetes que tenham sido indicados por agências de viagens, guias, recepcionistas dos hotéis ou por alguém do local.
- Evite comer alimentos de ambulantes;
- Comer alimentos bem cozidos e ainda quentes; armazenar adequadamente os alimentos cozidos que serão consumidos mais tarde;
- Evitar o consumo de alimentos crus, mal cozidos/assados (saladas, ovos, carnes, dentre outros);
- Evitar o contato entre alimentos crus e cozidos;
- Evitar comer comidas cozidas e deixadas à temperatura ambiente por várias horas.

CÓLERA NO BRASIL – O último caso de cólera no Brasil foi registrado em 2006. Também notificados casos em 2005 (5) e 2004 (21). Em 2003 e 2002 não houve casos registrados. Em 2001, foram sete casos. A introdução da cólera, no Brasil, ocorreu em 1991, pela Amazônia. Naquele mesmo ano, a região Nordeste também foi atingida, apresentando, em 1992, características explosivas, principalmente nas áreas com situação precária de saneamento.

Brasil envia medicamentos e insumos para tratamento de doentes afetados por epidemia de cólera no Hait

Entre o material está hipoclorito de sódio para purificar água e soros e sais para hidratar pacientes. Dois epidemiologistas do Ministério da Saúde também seguirão para o país do Caribe

Ruben Silva/MS O Ministério da Saúde enviou nesta quarta-feira (27), para o Haiti, medicamentos e insumos que serão utilizados no tratamento das pessoas afetadas pela epidemia de cólera que atinge o país. Entre o material enviado estão frascos de hipoclorito de sódio, sais para reidratação oral, soro injetável, luvas e equipamentos para aplicação de soro. A carga, com aproximadamente quatro toneladas, partiu de Brasília, às 15h30, em um voo da Força Área Brasileira (FAB), que fará escala em Boa Vista (Roraima). A aeronave deverá chegar a Porto Príncipe, capital haitiana, na manhã desta quinta-feira (28).

Em entrevista no 6º Comando da Aeronáutica, em Brasília, o representante do Ministério da Saúde no comitê gestor Brasil-Haiti, Carlos Felipe D’Oliveira, afirmou que o material enviado atende à solicitação feita pelo governo haitiano. Os medicamentos são suficientes para atender até três mil pessoas. “Não adianta mandar muitos medicamentos, por questão de logística e armazenamento. O Ministério poderá enviar mais suprimentos conforme a necessidade indicada pelo governo do Haiti”.

Ainda esta semana, dois epidemiologistas brasileiros do Ministério da Saúde seguirão rumo a Porto Príncipe, para apoiar as ações do Ministério da Saúde do Haiti. Os técnicos brasileiros viajarão em voo comercial. Eles vão se juntar a sete profissionais de saúde brasileiros – que já estavam no país – para elaborar protocolos clínicos e sanitários de combate à cólera. “O objetivo é criar uma barreira sanitária para evitar a propagação da doença em Porto Príncipe. A preocupação do governo local é que a doença se espalhe na capital, onde ainda vivem mais de um milhão de pessoas em alojamentos e acampamentos, em condições sanitárias precárias, desde o terremoto que atingiu o país em janeiro”, explicou D’Oliveira.

                                                                                                                                                                                               Ruben Silva/MSOs sete profissionais brasileiros estão no Haiti para ministrar o curso de formação da primeira turma de 60 agentes comunitários de saúde do Haiti. O curso começou na última segunda-feira (25), na cidade de Carrefour, e segue até 15 de dezembro. O tema da primeira aula foi sobre o manejo da cólera. A formação desses profissionais faz parte da continuidade das ações de ajuda humanitária e cooperação técnica com o governo do Haiti desde o terremoto de janeiro de 2010.

Para o comandante da aeronave da Força Aérea Brasileira, Marco Aurélio de Oliveira, a missão de ajuda humanitária é de extrema importância para o povo haitiano. “É motivo de orgulho para nós participar de uma missão que poder ajudar a salvar vidas”. Desde janeiro, o tenente já comandou mais de 200 viagens ao Haiti, uma a cada 20 dias, para transportar materiais de apoio logístico e humano para as tropas brasileiras que estão no país do Caribe.

Ministério da Saúde
MEDICAMENTOS E INSUMOS ENVIADOS
Quantidade para doação
Hipoclorito de Sódio solução 10 mg cloro/mL (usado para purificar a água)
10.575 frascos de 50ml
Sais para reidratação oral
12.600 envelopes de 1 litro
Solução Ringer + Lactato (usado para reidratação venosa de paciente em estado grave)
3.500 frascos injetáveis
Equipo para soro Macrogotas (composto pelo conta-gotas, tubo e soro para hidratação venosa dos doentes)
16.200 equipos
Luvas descartáveis no tamanho P, M e G
43.200 pares                                                    

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Empiema

Um empiema é uma colecção de pus dentro de uma cavidade natural. Deve ser diferenciada de abcesso, que é uma colecção de pús numa cavidade que um processo inflamatório origine. Na medicina humana, os empiemas ocorrem mais frequentemente no espaço pleural (a cavidade entre o pulmão e a membrana que o circunda). Outro local comum para empiemas é o útero e o apêndice ( apendicite).
O empiema é causado por alguma infecção que se dissemina pelo pulmão e leva a um acúmulo de pus no espaço pleural. O líquido infectado pode atingir um volume de 470 cm³ ou mais, o que promove uma pressão nos pulmões, provocando dor e falta de araaa. Dentre os fatores de risco estão doenças pulmonares recentes, como pneumonaia bacteriana e abscesso pulmonar, cirurgia torácica, trauma ou lesão do peito ou toracocentese (introdução de uma agulha através da parede torácica com a finalidade de drenar o líquido no espaço pleural). O empiema se apresenta em 1 em cada 10.000 pessoas.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Edema

Refere-se a um acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial devido ao desequilíbrio entre a pressão hidrostática e osmótica. É constituído de uma solução aquosa de sais e proteínas do plasma e sua composição varia conforme a causa do edema. Quando o líquido se acumula no corpo inteiro diz-se que é um edema generalizado. Podemos dizer que quando um edema se forma é sinal de doença, que pode ser cardíaca, hepática, desnutrição grave, hipotireoídismo, obstrução
Edema localizado, são edemas que comprometem um território do organismo ou órgão. Resultam de distúrbios locais. exemplo: edema inflamatório
Edema generalizado, ou anasarca, acontece quando o mesmo se espalha por todo o corpo e nas cavidades pré-formadas. Pode ocorrer também dentro do abdômen ascite e dentro do pulmão (edema pulmonar ou derrame pleural).
Por ocasião de qualquer tipo de edema, em qualquer localização, sua presença faz diminuir a velocidade da circulação do sangue, assim prejudicando a nutrição e a eficiência dos tecidos. Temos varios tipos de edema renal, cardíaco, da gravidez, das cirroses hepáticas, iatrogênico.

Abscesso

É designado de abscesso ou abcesso o acúmulo localizado de pus num tecido, formando uma cavidade delimitada por uma membrana de tecido inflamatório (membrana piogénica). O líquido purulento que a preenche se forma em virtude da desintegração e morte (necrose) do tecido original, microorganismos e leucócitos. Pode ser causado por vários agente patogénicos microbiológicos, como as bactérias piogénicas (incluindo,estreptococos, gonococos, entre outros), ameba, além de algumas substâncias químicas (como a essência de terebintina).
O abscesso pode ocorrer em qualquer região do corpo afetada por um agente piogênico (cérebro, ossos, pele, pulmão, músculos). Porém, existem alguns tipos de maior relevância, seja por sua frequência ou sua gravidade.
Tratamento, um abscesso, se volumoso, deve sofer intervenção cirúrgica com o objetivo de aliviar os sintomas e favorecer sua cura. Para drenar um abscesso, o médico deve acessar sua parede para libertar seu conteúdo. Um abscesso de maiores dimensões, pós a drenagem, deixa um amplo espaço vazio (espaço morto), e sofrerá cicatrização por segunda intenção. Costuma ser necessário o uso temporário de drenos artificiais.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Coagulação Sanguínea

A coagulação sanguínea é uma sequência complexa de reações químicas que resultam na formação de um coágulo de fibrina. É uma parte importante da hemostasia (o cessamento da perda de sangue de um vaso danificado), na qual a parede de vaso sanguíneo danificado é coberta por um coágulo de fibrina para parar a sangramento e ajudar a reparar o vaso danificado. Desordens na coagulação podem levar a um aumento no risco de hemorragia ou trombose e embolismo.
A coagulação é semelhante nas várias espécies de mamíferos. Em todos eles o processo envolve um mecanismo combinado de células (plaquetas) e  proteínas (fatores de coagulação). Esse sistema nos humanos é o mais extensamente pesquisado e consequentemente o mais bem conhecido. Esse artigo é focado na coagulação sanguínea humana.
O tempo de coagulação é utilizado na avaliação da via intrínseca da coagulação, porém é um teste de pouca sensibilidade. Este exame avalia o tempo necessário para o estabelecimento completo da coagulação sangüínea O tempo de coagulação pode estar prolongado em diversas coagulopatias como: deficiência de fibrinogênio, hemofilia A, hemofilia B, doença de Von Willebrand, hepatopatia severa, deficiência de vitamina K, trombocitopenia, estágios avançados de CID, uremia e na presença de anticoagulantes circulantes.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Fibrose ( Fibrose Cìctica)


Fibrose é a formação ou desenvolvimento em excesso de em um órgão ou tecido como processo reparativo ou reativo, com a formação de tecido fibroso como um constituinte normal de um órgão ou tecido.
A fibrose cística (também conhecida como fibrose quística, FC ou mucoviscidose) é uma doença hereditária comum, que afeta todo o organismo, causando deficiências progressivas e, freqüentemente, levando à morte prematura. O nome fibrose cística refere-se à característica cicatrizante (fibrose) e à formação de cisto no interior do pâncreas, identificada, pela primeira vez, na década de 1930. A dificuldade para respirar é o sintoma mais sério e resulta das infecções no pulmão crônicas que são tratadas, mas apresentam-se resistentes aos antibióticos e a outras medicações. A grande quantidade de outros sintomas, incluindo sinusite, crescimento inadequado, diarréia e infertilidade, são efeitos da FC em outras partes do corpo.
A fibrose cística é causada por uma mutação no gene chamado regulador de  condutância transmembranar de fibrose cística (CFTR). Esse gene intervém na produção do suor, dos sucos digestivos e dos mucos. Apesar de a maioria das pessoas não afetadas possuírem duas cópias funcionais do gene, somente uma é necessária para impedir o desenvolvimento da fibrose cística. A doença se desenvolve quando nenhum dos genes atua normalmente. Portanto, a fibrose cística é considerada uma  doença autossômica recessiva.

domingo, 24 de outubro de 2010

Hemostasia


É o conjunto de mecanismos que o organismo emprega para coibir hemorragia. Para tal, é formado um trombo que obstrui a lesão na parede vascular. Ao contrário do que muitos pensam esse trombo não é constituído de coágulo e sim de plaquetas.  A coagulação, além de fornecer pequena quantidade de fibrina para o trombo plaquetário, colabora na estabilização do trombo.
A coagulação envolve um complexo grupo de reações enzimáticas, que envolvem aproximadamente 30 proteínas diferentes. O resultado final dessas reações é a conversão de fibrinogênio, uma proteína solúvel, em tranças insolúveis de fibrina. Junto com as plaquetas, as tranças de fibrina formam um coágulo sanguíneo estável.

Cicatrização de Feridas

As feridas podem ser divididas em: agudas, onde o processo de cicatrização ocorre de forma ordenada e em tempo hábil, com resultado funcional e anatômico satisfatório; ou crônicas (como as úlceras venosas e de decúbito), onde o processo estaciona na fase inflamatória, o que impede sua resolução e a restauração da integridade funcional. ● Quanto ao mecanismo de cicatrização, as feridas podem ser classificadas em: ➢ Fechamento primário ou por primeira intenção: ocorre nas feridas fechadas por aproximação de seus bordos. ➢ Fechamento secundário, por segunda intenção ou espontâneo: a ferida é deixada propositadamente aberta, sendo a cicatrização dependente da granulação e contração da ferida para a aproximação das bordas. Ex.: biópsias de pele, queimaduras profundas, feridas infectadas (contagem bacteriana acima de 100000 colônias/g detecido) e feridas que o paciente nunca apresentou ao médico. ➢ Fechamento tardio ou por terceira intenção: feridas deixadas abertas inicialmente, geralmete por apresentarem contaminação grosseira. Após alguns dias de tratamento local, a ferida é fechada através de suturas, enxertos ou retalhos. O resultado estético é intermediário. ● Classicamente, a cicatrização de feridas pode ser dividida em três fases: inflamatória, proliferativa e de maturação. ➢ Fase inflamatória: · É uma fase dominada por dois processos: hemostasia e resposta inflamatória aguda, com objetivo de limitar a lesão tecidual. Em feridas não complicadas, dura de 1 a 4 dias. ➢ Fase proliferativa: · Proliferação de fibroblastos na ferida, sob a ação de citocinas, dando origem ao prosesso de fibroplasia (síntese de colágeno). A síntese de colágeno é estimulada pela TGF beta e IGF1, e inibida pelo INF gama e glicicorticóides. · Simultaneamente, ocorre a proliferação de células endoteliais, com formação de rica vascularização (angiogênese) e infiltração densa de macrófagos, formando o tecido de granulação. · Minutos após a lesão, tem inicio a ativação dos queratinócitos na borda da ferida, fenômeno que representa a fase de epitelização. Eles secretam laminina e colágeno tipo IV, formando a membrana basal. ➢ Fase de maturação: · O último passo no processo de cicatrização é a formação do tecido cicatricial propriamente dito, que histologicamente consiste em tecido pouco organizado, composto por colágeno e pobremente vascularizado. · O processo de remodelamento da ferida implica no equilíbrio entre a síntese e a degradação do colágeno, redução da vascularização e da infiltração de células inflamatórias, até que se atinja a maturação da ferida. · Este processo é longo, e pode ser avaliado clinicamente através da forsa tênsil da ferida.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Puerpério

É o nome dado à fase pós-parto, em que a mulher experimenta modificações físicas e psíquicas, tendo em voltar ao estado que caracterizava antes da gravidez. o puerpério se inicia-se no momento em que cessa a interação hormonal entre o ovo e o organismo materno, geralmente isso ocorre quando termina o deslocamento da placenta, logo depois do nascimento do bebê. o momento do término do puerpério é impreciso, nas puérperas que não amamentam poderá ocorrer a primeira ovulação após 6 a 8 semanas do parto, nas que estão amamentando, a ovulação retornará em momentos praticamente imprevisivel. Poderá demorar até 6 a 8 meses. E são divididos em três fases: que são puerpério imediato (do primeiro ao décimo dia), puerpério tardio (do décimo ao quadragésimo quinto dia), puerpério remoto (que é do quadragésimo quinto dia, até retornar a função reprodutiva da mulher.)
Modificações Gerais, aumento do dédito cardíaco, o diafragma desce permitindo o desaparecimento da alcalose respiratória e retorno do coração á sua posição original, diminuição da pressão venosa dos membros inferiores.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Mecanismos celulares e moleculares deletérios no reparo de tecidos

Feridas crônicas falham em progredir para o reparo por manter o estado inflamatório crônico, predominantemente  caracterizado por PMNs e macrófagos, que liberam citocinas pró-inflamatórias (IL1, TNF e IL6) e um ambiente hostil rico em proteases e radicais livres.
A atividade proteolítica aumentada (elastases, MMP8 e gelatinase) resulta em degradação dos fatores de crescimento e proteínas estruturais necessárias ao reparo.
O nível de EROs aumentado (H2O2, O2 -) danifica a MEC e contribui para a expressão de MMPs
 Componentes bacterianos (extracellular adherence protein (Eap), formyl methionyl peptides, N-acetylmuramyl-L-alanyl-D-isoglutamine) impedem o reparo interferindo na interação célula-MEC ou promovendo inflamação.

Inflamação

A inflamação ou processo inflamatório é uma resposta dos organismos vivos homeotérmicos a uma agressão sofrida. Entende-se como agressão qualquer processo capaz de causar lesão celular ou tecidual. Esta resposta padrão é comum a vários tipos de tecidos e é mediada por diversas substâncias produzidas pelas células danificadas e células do sistema imunitário que se encontram eventualmente nas proximidades da lesão.
O processo inflamatório visa compensar essas alterações de forma e de função por intermédio de reações teciduais, principalmente vasculares, que buscam destruir o agente agressor. A inflamação pode ser considerada, assim, uma reação de defesa local.
Na dor localizada participam certas substâncias químicas produzidas pelo organismo. Dentro da área inflamada ocorre o acúmulo de células provenientes do sistema imunológico (leucócitos macrófago e linfocitos).
Os leucócitos destroem o tecido danificado e enviam sinais aos macrófagos, que ingerem e digerem os antígenos e o tecido morto. Em algumas doenças este processo pode apresentar caráter destrutivo e o tratamento dependerá da causa da inflamação.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Lítíase

Lítíase ou cálculo são termos utilizados para designar formações pétreas de composições diversas (cálcio,colesterol,urato, etc.) no organismo humano em especial nas vias urinárias e biliares e também nos animais, podendo levar a doenças . São condensações (depósitos ) de íons e sais formados no interior do rim, pode ter 3 caminhos: Aumento de tamanho, Eliminação e a Estabilização

Tratamento

O tratamento convencional do cálculo renal consiste na ingestão de analgésicos e muito líquido. Também podem ser receitados remédios que ajudam na dissolução de certas substâncias da urina, como o cálcio. Muitos médicos estão utilizando atualmente um composto de fosfátos reativos (PO4) para dissolução dos cálculos renais.

Lesão Celular

Esta lesão celular pode ser reversível ou irreversível:
A lesão celular reversível ocorre quando a célula agredida pelo estímulo nocivo sofre alterações funcionais e morfológicas, porém mantém-se viva, recuperando-se quando o estímulo nocivo é retirado ou cessa.
A lesão celular é irreversível quando a célula torna-se incapaz de recuperar-se depois de cessada a agressão, caminhando para a morte celular.

Causas de lesão celular

1) Privação de oxigênio (hipóxia ou anóxia) - asfixia, altitudes extremas

2) Isquemia - obstrução arterial.
3) Agentes físicos - trauma mecânico, queimaduras, radiação solar, choque elétrico.
4) Agentes químicos - álcool, medicamentos, poluentes ambientais, venenos, drogas ilícitas.
5) Agentes infecciosos - vírus, bactérias, fungos.
6) Reações imunológicas - doenças auto-imunes, reação anafilática.
7) Defeitos genéticos - anemia falciforme.
8) Alterações nutricionais - obesidade, mal-nutrição.
Mecanismos
1 - Depleção do ATP
2 - Lesão mitocondrial
3 - Influxo de cálcio para o citosol e perda da homeostase do cálcio
4 - Acúmulo de radicais livres do oxigênio
5 - Defeitos na permeabilidade das membranas

domingo, 26 de setembro de 2010

Lavagem Intestinal (enema)

Material:
- irrigador com extensão clampada contendo solução prescrita: água morna, glicerina, solução salina, SF + glicerina, fleet enema, minilax;
- sonda retal (mulher: 22 ou 24 e homem: 24 ou 26);
- pincha para fechar o intermediário; gazes; vaselina ou xylocaína; cuba rim; papel higiênico; luva de procedimento; suporte de soro; comadre; biombo s/n; impermeável; lençol móvel; solução glicerinada ou fleet enema; saco para lixo.

Procedimento:
- abrir o pacote do irrigador, conectar a sonda retal na sua borracha;
- colocar a solução (SF + glicerina) dentro do irrigador;
- retirar o ar da borracha;
- colocar a xylocaína numa gaze;
- colocar a cuba rim, gaze e irrigador completo numa bandeja e levar para o quarto;
- proteger a coma com impermeável e lençol móvel;
- dependurar o irrigador no suporte de soro à altura de 60cm do tórax do paciente;
- colocar a comadre sobre os pés da cama;
- colocar a paciente em posição de Sims;
- tirar ar da sonda sobre a cuba rim;
- clampar a extensão do irrigador;
- lubrificar a sonda reta 5 cm;
- calçar luvas;
- entreabrir as nádegas com papel higiênico;
- introduzir a sonda de 5 a 10 cm, usando uma gze, pedir ao paciente que inspire profundamente;
- firmar a sonda com uma mão e com a outra desclampar a extensão;
- deixar ecoar lentamente o líquido até restar pequena quantidade no irrigador;
- se a solução não estiver sendo infundida, fazer movimentos rotatórios;
- clampar a extensão, retirar a sonda com papel e desprezar na cuba rim;
- orientar o paciente a reter a solução, o quanto puder;
- oferecer comadre e papel higiênico à mão.

sábado, 25 de setembro de 2010

Granulócito neutrófilo


Os neutrófilos são uma classe de células sanguíneas leucocitárias, que fazem parte do sistema imunitário e são um dos 5 principais tipos de leucócitos (neutrófilos,  eosinófilos, basófilos, monócitos e linfócitos).
São leucócitos polimorfonucleados, têm um tempo de vida médio de 6h no sangue e 1-2dias nos tecidos e são os primeiros a chegar às áreas de inflamação, tendo uma grande capacidade de fagocitose. Estão envolvidos na defesa contra bactérias e fungos. Os neutrófilos possuem receptores na sua superfície como os receptores de proteínas do complemento, receptores do fragmento Fc das imunoglobulinas e moléculas de adesão.
Fagocitose
Neutrófilos são fagocitos capazes de ingerir microrganismos ou partículas. Ao fagocitar forma-se o fagossomo onde os microrganismos serão mortos pela liberação de enzimas hidrolíticas e de espécie reactiva de oxigénio. O consumo de oxigênio durante a reação de espécies de oxigênio é chamado de queima respiratória que nada tem a ver com respiração celular ou produção de energia.
A "queima respiratória", envolve a ativação da enzima NADPH-oxidase, que produz grandes quantidades de superóxido, uma espécie reativa do oxigênio. Superóxido gera o peróxido de hidrogênio que é convertido em ácido hipocloroso (HClO) pela enzima mieloperoxidase. É o HClO que tem propriedades suficientes para matar a bactéria fagocitada.