quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Coagulação Sanguínea

A coagulação sanguínea é uma sequência complexa de reações químicas que resultam na formação de um coágulo de fibrina. É uma parte importante da hemostasia (o cessamento da perda de sangue de um vaso danificado), na qual a parede de vaso sanguíneo danificado é coberta por um coágulo de fibrina para parar a sangramento e ajudar a reparar o vaso danificado. Desordens na coagulação podem levar a um aumento no risco de hemorragia ou trombose e embolismo.
A coagulação é semelhante nas várias espécies de mamíferos. Em todos eles o processo envolve um mecanismo combinado de células (plaquetas) e  proteínas (fatores de coagulação). Esse sistema nos humanos é o mais extensamente pesquisado e consequentemente o mais bem conhecido. Esse artigo é focado na coagulação sanguínea humana.
O tempo de coagulação é utilizado na avaliação da via intrínseca da coagulação, porém é um teste de pouca sensibilidade. Este exame avalia o tempo necessário para o estabelecimento completo da coagulação sangüínea O tempo de coagulação pode estar prolongado em diversas coagulopatias como: deficiência de fibrinogênio, hemofilia A, hemofilia B, doença de Von Willebrand, hepatopatia severa, deficiência de vitamina K, trombocitopenia, estágios avançados de CID, uremia e na presença de anticoagulantes circulantes.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Fibrose ( Fibrose Cìctica)


Fibrose é a formação ou desenvolvimento em excesso de em um órgão ou tecido como processo reparativo ou reativo, com a formação de tecido fibroso como um constituinte normal de um órgão ou tecido.
A fibrose cística (também conhecida como fibrose quística, FC ou mucoviscidose) é uma doença hereditária comum, que afeta todo o organismo, causando deficiências progressivas e, freqüentemente, levando à morte prematura. O nome fibrose cística refere-se à característica cicatrizante (fibrose) e à formação de cisto no interior do pâncreas, identificada, pela primeira vez, na década de 1930. A dificuldade para respirar é o sintoma mais sério e resulta das infecções no pulmão crônicas que são tratadas, mas apresentam-se resistentes aos antibióticos e a outras medicações. A grande quantidade de outros sintomas, incluindo sinusite, crescimento inadequado, diarréia e infertilidade, são efeitos da FC em outras partes do corpo.
A fibrose cística é causada por uma mutação no gene chamado regulador de  condutância transmembranar de fibrose cística (CFTR). Esse gene intervém na produção do suor, dos sucos digestivos e dos mucos. Apesar de a maioria das pessoas não afetadas possuírem duas cópias funcionais do gene, somente uma é necessária para impedir o desenvolvimento da fibrose cística. A doença se desenvolve quando nenhum dos genes atua normalmente. Portanto, a fibrose cística é considerada uma  doença autossômica recessiva.

domingo, 24 de outubro de 2010

Hemostasia


É o conjunto de mecanismos que o organismo emprega para coibir hemorragia. Para tal, é formado um trombo que obstrui a lesão na parede vascular. Ao contrário do que muitos pensam esse trombo não é constituído de coágulo e sim de plaquetas.  A coagulação, além de fornecer pequena quantidade de fibrina para o trombo plaquetário, colabora na estabilização do trombo.
A coagulação envolve um complexo grupo de reações enzimáticas, que envolvem aproximadamente 30 proteínas diferentes. O resultado final dessas reações é a conversão de fibrinogênio, uma proteína solúvel, em tranças insolúveis de fibrina. Junto com as plaquetas, as tranças de fibrina formam um coágulo sanguíneo estável.

Cicatrização de Feridas

As feridas podem ser divididas em: agudas, onde o processo de cicatrização ocorre de forma ordenada e em tempo hábil, com resultado funcional e anatômico satisfatório; ou crônicas (como as úlceras venosas e de decúbito), onde o processo estaciona na fase inflamatória, o que impede sua resolução e a restauração da integridade funcional. ● Quanto ao mecanismo de cicatrização, as feridas podem ser classificadas em: ➢ Fechamento primário ou por primeira intenção: ocorre nas feridas fechadas por aproximação de seus bordos. ➢ Fechamento secundário, por segunda intenção ou espontâneo: a ferida é deixada propositadamente aberta, sendo a cicatrização dependente da granulação e contração da ferida para a aproximação das bordas. Ex.: biópsias de pele, queimaduras profundas, feridas infectadas (contagem bacteriana acima de 100000 colônias/g detecido) e feridas que o paciente nunca apresentou ao médico. ➢ Fechamento tardio ou por terceira intenção: feridas deixadas abertas inicialmente, geralmete por apresentarem contaminação grosseira. Após alguns dias de tratamento local, a ferida é fechada através de suturas, enxertos ou retalhos. O resultado estético é intermediário. ● Classicamente, a cicatrização de feridas pode ser dividida em três fases: inflamatória, proliferativa e de maturação. ➢ Fase inflamatória: · É uma fase dominada por dois processos: hemostasia e resposta inflamatória aguda, com objetivo de limitar a lesão tecidual. Em feridas não complicadas, dura de 1 a 4 dias. ➢ Fase proliferativa: · Proliferação de fibroblastos na ferida, sob a ação de citocinas, dando origem ao prosesso de fibroplasia (síntese de colágeno). A síntese de colágeno é estimulada pela TGF beta e IGF1, e inibida pelo INF gama e glicicorticóides. · Simultaneamente, ocorre a proliferação de células endoteliais, com formação de rica vascularização (angiogênese) e infiltração densa de macrófagos, formando o tecido de granulação. · Minutos após a lesão, tem inicio a ativação dos queratinócitos na borda da ferida, fenômeno que representa a fase de epitelização. Eles secretam laminina e colágeno tipo IV, formando a membrana basal. ➢ Fase de maturação: · O último passo no processo de cicatrização é a formação do tecido cicatricial propriamente dito, que histologicamente consiste em tecido pouco organizado, composto por colágeno e pobremente vascularizado. · O processo de remodelamento da ferida implica no equilíbrio entre a síntese e a degradação do colágeno, redução da vascularização e da infiltração de células inflamatórias, até que se atinja a maturação da ferida. · Este processo é longo, e pode ser avaliado clinicamente através da forsa tênsil da ferida.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Puerpério

É o nome dado à fase pós-parto, em que a mulher experimenta modificações físicas e psíquicas, tendo em voltar ao estado que caracterizava antes da gravidez. o puerpério se inicia-se no momento em que cessa a interação hormonal entre o ovo e o organismo materno, geralmente isso ocorre quando termina o deslocamento da placenta, logo depois do nascimento do bebê. o momento do término do puerpério é impreciso, nas puérperas que não amamentam poderá ocorrer a primeira ovulação após 6 a 8 semanas do parto, nas que estão amamentando, a ovulação retornará em momentos praticamente imprevisivel. Poderá demorar até 6 a 8 meses. E são divididos em três fases: que são puerpério imediato (do primeiro ao décimo dia), puerpério tardio (do décimo ao quadragésimo quinto dia), puerpério remoto (que é do quadragésimo quinto dia, até retornar a função reprodutiva da mulher.)
Modificações Gerais, aumento do dédito cardíaco, o diafragma desce permitindo o desaparecimento da alcalose respiratória e retorno do coração á sua posição original, diminuição da pressão venosa dos membros inferiores.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Mecanismos celulares e moleculares deletérios no reparo de tecidos

Feridas crônicas falham em progredir para o reparo por manter o estado inflamatório crônico, predominantemente  caracterizado por PMNs e macrófagos, que liberam citocinas pró-inflamatórias (IL1, TNF e IL6) e um ambiente hostil rico em proteases e radicais livres.
A atividade proteolítica aumentada (elastases, MMP8 e gelatinase) resulta em degradação dos fatores de crescimento e proteínas estruturais necessárias ao reparo.
O nível de EROs aumentado (H2O2, O2 -) danifica a MEC e contribui para a expressão de MMPs
 Componentes bacterianos (extracellular adherence protein (Eap), formyl methionyl peptides, N-acetylmuramyl-L-alanyl-D-isoglutamine) impedem o reparo interferindo na interação célula-MEC ou promovendo inflamação.

Inflamação

A inflamação ou processo inflamatório é uma resposta dos organismos vivos homeotérmicos a uma agressão sofrida. Entende-se como agressão qualquer processo capaz de causar lesão celular ou tecidual. Esta resposta padrão é comum a vários tipos de tecidos e é mediada por diversas substâncias produzidas pelas células danificadas e células do sistema imunitário que se encontram eventualmente nas proximidades da lesão.
O processo inflamatório visa compensar essas alterações de forma e de função por intermédio de reações teciduais, principalmente vasculares, que buscam destruir o agente agressor. A inflamação pode ser considerada, assim, uma reação de defesa local.
Na dor localizada participam certas substâncias químicas produzidas pelo organismo. Dentro da área inflamada ocorre o acúmulo de células provenientes do sistema imunológico (leucócitos macrófago e linfocitos).
Os leucócitos destroem o tecido danificado e enviam sinais aos macrófagos, que ingerem e digerem os antígenos e o tecido morto. Em algumas doenças este processo pode apresentar caráter destrutivo e o tratamento dependerá da causa da inflamação.